Introdução A dissolução de um casamento já é um processo complexo e desgastante. Quando o ex-cônjuge é também seu sócio, as camadas de complexidade emocional e financeira se multiplicam, colocando em risco não apenas o patrimônio pessoal, mas a própria continuidade do negócio que vocês construíram juntos. Neste cenário, decisões tomadas no calor do momento podem ter consequências irreversíveis. O objetivo deste guia é oferecer clareza e um caminho estratégico para navegar esta situação delicada, protegendo seus interesses e o futuro da sua empresa. O Diagnóstico: Por que essa situação é tão delicada? A sobreposição dos papéis de cônjuge e sócio cria um ambiente onde a linha entre o pessoal e o profissional se torna tênue. Discussões sobre a guarda dos filhos podem influenciar decisões sobre a gestão da empresa, e a partilha de bens se confunde com a divisão de quotas sociais. Os principais riscos são: Paralisia Decisória: O conflito pessoal impede a tomada de decisões estratégicas para o negócio. Desvalorização do Ativo: A instabilidade na gestão pode afetar a percepção de valor da empresa perante o mercado, clientes e colaboradores. Decisões Emocionais com Impacto Financeiro: A mágoa e o ressentimento podem levar a escolhas que prejudicam ambas as partes a longo prazo. O Caminho Jurídico: Passos Essenciais para a Organização Para evitar o caos, é fundamental seguir um processo estruturado, com assessoria jurídica especializada desde o início. Análise do Regime de Bens e do Contrato Social: O primeiro passo é entender o que os documentos dizem. O regime de comunhão parcial ou total de bens afeta diretamente a divisão das quotas. O Contrato Social ou um Acordo de Sócios pode (e deve) prever mecanismos para a saída de um dos sócios em caso de divórcio. Avaliação Profissional da Empresa (Valuation): É impossível negociar sem saber o valor real do negócio. Contratar uma avaliação independente é crucial para determinar o valor justo das quotas sociais, garantindo que a divisão patrimonial seja equilibrada e evitando disputas futuras. Definição do Futuro da Sociedade: Com os números em mãos, existem basicamente quatro caminhos possíveis: Compra e Venda: Um dos sócios adquire a participação do outro, que se retira da empresa. Manutenção da Sociedade: Ambos permanecem como sócios, mas com um novo Acordo de Sócios extremamente detalhado, que estabeleça novas regras de governança, comunicação e tomada de decisão. Venda para Terceiros: Os sócios decidem vender a empresa em conjunto e dividir o resultado. Dissolução da Empresa: Em último caso, a empresa é liquidada e os ativos são partilhados. Conclusão: A Ação Estratégica é a Melhor Proteção Enfrentar um divórcio sendo sócio do seu ex-cônjuge exige mais do que resiliência; exige estratégia, racionalidade e, acima de tudo, assessoria jurídica de alto nível. Proteger o seu patrimônio e a saúde do seu negócio não é uma questão de vencer uma batalha, mas de construir uma solução inteligente e sustentável para o futuro. Se você está vivendo esta situação, o primeiro passo é buscar orientação especializada para entender suas opções e traçar um plano de ação.

Introdução Abordar a perda da capacidade de decisão de um familiar é um dos momentos mais delicados e emocionalmente desafiadores que uma família pode enfrentar. Longe de ser um ato de desamparo, a instituição da Curatela, quando bem orientada, é um ato de cuidado e responsabilidade, em especial para famílias empresárias, essa medida torna-se um pilar essencial para a proteção dos bens, a segurança do familiar vulnerável e a continuidade de um legado. O Que é Curatela, de Forma Objetiva? A Curatela é um instrumento jurídico pelo qual se nomeia uma pessoa (o curador) para representar e administrar os atos da vida civil de outra pessoa (o curatelado) que, por alguma condição de saúde, não possui mais capacidade para fazê-lo por si mesma. É fundamental não confundir a curatela com uma simples procuração. Enquanto a procuração é um ato de vontade do outorgante (que pode revogá-la), a curatela é decretada por um juiz após um processo que comprova a incapacidade do curatelado, oferecendo uma segurança jurídica muito maior. Quando a Curatela se Torna Necessária? A necessidade da Curatela geralmente surge em cenários específicos que comprometem a capacidade de autogestão de um indivíduo, tais como: Doenças degenerativas: Alzheimer, demência senil, Parkinson em estágio avançado. Acidentes graves: Traumatismos cranianos ou outras condições que resultem em incapacidade permanente. Comprometimento da gestão patrimonial: Quando a pessoa começa a realizar negócios jurídicos prejudiciais, dilapidando o patrimônio ou se tornando vulnerável a fraudes e abusos financeiros. Mais que um Ato Jurídico: Uma Ferramenta de Governança A Curatela transcende a esfera da saúde. Ela é uma ferramenta de governança e proteção patrimonial. Proteção do Patrimônio: O curador passa a ter o dever legal de gerir os bens do curatelado com diligência, prestando contas à justiça. Isso impede que terceiros mal-intencionados se aproveitem da vulnerabilidade do familiar para obter vantagens financeiras. Governança Empresarial: Se o familiar incapaz é sócio ou administrador de empresas, a curatela garante que as decisões societárias possam continuar a ser tomadas de forma legal, evitando a paralisia da gestão e garantindo a continuidade dos negócios. Alternativas e Planejamento: Em certos casos, a "Tomada de Decisão Apoiada" pode ser uma alternativa menos restritiva. Um planejamento patrimonial prévio, como a criação de holdings, também pode facilitar a gestão em cenários de incapacidade. Conclusão A Curatela é uma medida séria, que deve ser tratada com a máxima sensibilidade e expertise jurídica. Agir de forma proativa não apenas protege seu familiar, mas também garante a estabilidade e a preservação de tudo que foi construído. Se você prevê ou já enfrenta uma situação que pode demandar a Curatela, o passo mais importante é buscar aconselhamento especializado para avaliar o cenário e definir a melhor estratégia para sua família.

Introdução No ecossistema de startups, velocidade e inovação são imperativos. Contudo, o crescimento acelerado, sem uma base jurídica sólida, é como construir um arranha-céu sobre um alicerce frágil: o risco de colapso é iminente. Uma assessoria jurídica especializada não deve ser vista como um freio, mas como a estrutura que permite que seu negócio escale de forma sustentável e segura, protegendo seus ativos e minimizando riscos futuros. Para o dinâmico mercado de startups, negligenciar a estruturação legal pode comprometer rodadas de investimento, gerar passivos onerosos e, em última instância, inviabilizar o negócio. Apresentamos os cinco pilares jurídicos que toda startup em crescimento deve dominar. 1. A Fundação: Estrutura Societária Robusta O alinhamento entre os fundadores é o ponto de partida. Um Contrato Social bem elaborado e, principalmente, um Acordo de Sócios detalhado são essenciais. Este último deve prever regras claras sobre distribuição de quotas, entrada e saída de sócios, responsabilidades e mecanismos para resolução de conflitos, evitando que disputas internas paralisem a empresa. 2. O Ativo Mais Valioso: Propriedade Intelectual Para uma empresa de tecnologia, o ativo mais valioso é o intangível. A proteção de marcas, patentes e software não é opcional. O registro garante a exclusividade de uso, fortalece o valuation da empresa e previne que concorrentes se apropriem de seu capital intelectual. 3. A Relação com o Mercado: Contratos e Direito do Consumidor A forma como sua startup se relaciona com clientes e fornecedores define sua segurança operacional. Contratos de prestação de serviços (especialmente para modelos SaaS), termos de uso e políticas de privacidade devem ser elaborados de forma clara e protetiva. Além disso, é vital estar em conformidade com o Código de Defesa do Consumidor para evitar litígios e danos à reputação. 4. A Força do Time: Relações de Trabalho A expansão invariavelmente passa pela contratação de talentos. É crucial definir o modelo de contratação mais adequado e elaborar contratos de trabalho que resguardem a empresa, incluindo cláusulas de confidencialidade (NDA) e não concorrência, protegendo informações estratégicas. 5. A Proteção de Dados: LGPD e Direito Digital Toda startup de tecnologia lida com dados. A adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é mandatória e seu descumprimento pode gerar multas severas. Uma assessoria garante que a coleta, o tratamento e o armazenamento de dados sejam feitos de forma legal, gerando confiança para seus usuários e investidores. Conclusão: O Jurídico como Vantagem Competitiva Adiar a organização jurídica é um erro estratégico que custa caro. Uma estrutura bem definida não apenas evita problemas, mas também prepara a startup para auditorias (due diligence), atrai investimentos e se torna uma clara vantagem competitiva. Seu foco deve estar na inovação e no crescimento do seu negócio. O nosso, em garantir que sua estrutura jurídica impulsione, e não limite, seu potencial. Se sua startup está em fase de estruturação ou escala, agende uma conversa para um diagnóstico jurídico inicial.

Introdução Você, empresário, sabe como o divórcio de um sócio pode impactar financeiramente a sua empresa? Uma recente e importante decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acendeu um alerta para todas as sociedades empresariais. Ficou estabelecido que o ex-cônjuge de um sócio, mesmo não fazendo parte do contrato social, tem direito a receber a sua parte nos lucros e dividendos distribuídos pela empresa mesmo após a separação do casal. O ponto crucial da decisão é que esse direito não termina com o divórcio. Ele se estende até que seja finalizada a "apuração de haveres" — o procedimento que calcula o valor real das cotas sociais — e o pagamento seja efetivamente realizado. Esse processo pode levar tempo, mantendo o ex-cônjuge como um credor da sociedade durante todo o período. O que isso significa na prática? • Impacto no Fluxo de Caixa: Sua empresa pode ser obrigada a continuar dividindo lucros com uma pessoa externa à sociedade por um período prolongado. • Condição de "Sócio do Sócio": Segundo o STJ, após o fim do casamento, o ex-cônjuge assume a posição de "sócio do sócio". Isso lhe garante direitos patrimoniais sobre as cotas, ainda que não possa participar da administração do negócio. • A Importância da Prevenção: Esta decisão reforça a necessidade de um planejamento jurídico preventivo, como acordos de sócios bem estruturados e planejamento matrimonial (pactos antenupciais), para proteger a empresa de instabilidades geradas por questões pessoais dos seus sócios. A saúde financeira da sua empresa não pode ficar vulnerável. Um planejamento societário e matrimonial adequado é a melhor ferramenta para mitigar riscos e garantir a continuidade do seu negócio. Nosso escritório é especializado em Direito Empresarial e de Família, oferecendo soluções integradas para proteger seu patrimônio e sua empresa. Entre em contato conosco. -------------------------------------------------------------------------------- Leia a matéria completa no site do ConJur em https://www.conjur.com.br/2025-set-22/ex-conjuge-nao-socio-tem-direito-a-lucros-distribuidos-depois-da-separacao/ #DireitoEmpresarial #SociedadeEmpresarial #PlanejamentoPatrimonial #Divórcio #AcordoDeSócios #STJ #AdvocaciaPreventiva #PequenasEMediasEmpresas

Introdução A guarda compartilhada, instituída por lei para garantir a convivência equilibrada dos filhos com ambos os genitores, é um avanço. Contudo, na prática, muitos pais e mães divorciados enfrentam desafios que minam essa premissa. O descumprimento do regime de convivência ou a criação de impedimentos por um dos genitores não afetam apenas o outro genitor, mas, sobretudo, o desenvolvimento e bem-estar da criança. Entender seus direitos e as ações cabíveis é fundamental. Os desafios na guarda compartilhada e seus impactos O ideal da guarda compartilhada é que ambos os pais participem ativamente da vida dos filhos. No entanto, situações como: Impedimento injustificado do contato: Um genitor impede o filho de ver o outro, fora dos dias estabelecidos. Dificuldades de comunicação: Bloqueio de ligações, mensagens ou videochamadas com o filho. Desinformação: Um genitor omite informações importantes sobre a vida escolar, saúde ou eventos do filho. Essas atitudes geram desgaste, desrespeitam decisões judiciais e, na maioria das vezes, configuram uma prática preocupante: a alienação parental. Alienação Parental: Um alerta necessário A alienação parental ocorre quando um genitor manipula o filho para que ele desenvolva sentimentos negativos ou rejeite o outro genitor, prejudicando o vínculo afetivo. Em casos de descumprimento do regime de convivência, é crucial avaliar se há indícios dessa prática, que é grave e passível de sanções legais. Suas opções legais: Diante do descumprimento, a falta de ação pode perpetuar o problema. As principais medidas que podem ser tomadas, com o devido acompanhamento jurídico, incluem: Notificação extrajudicial: Um primeiro passo para formalizar o problema e buscar uma solução amigável, demonstrando a intenção de cumprir a decisão judicial. Execução de guarda/convivência: Caso a notificação não surta efeito, é possível acionar o Poder Judiciário para que o outro genitor seja compelido a cumprir o regime. O juiz pode aplicar multas e, em casos extremos, até alterar a guarda. Ação de reversão ou modificação de guarda: Em situações de alienação parental grave ou descumprimento reiterado, que comprovadamente prejudicam o bem-estar do menor, pode-se pleitear a alteração da guarda ou do regime de convivência. Abertura de ação judicial para apuração de alienação parental: Caso haja fortes indícios, o judiciário pode determinar a investigação da situação, com o auxílio de equipes multidisciplinares (psicólogos, assistentes sociais). Conclusão Se você é pai ou mãe e enfrenta dificuldades no exercício da guarda compartilhada, ou suspeita de alienação parental, saiba que seus direitos e, principalmente, os direitos de seus filhos à convivência familiar estão protegidos pela lei. Não deixe que a situação se agrave. Uma assessoria jurídica especializada é essencial para analisar seu caso, orientar sobre os passos corretos e defender os interesses de seus filhos, garantindo que a guarda compartilhada funcione como deve: para o bem-estar deles. #GuardaCompartilhada #DireitoDeFamilia #AlienacaoParental #PaisDivorciados #DireitoDaCriança